Nossas Dívidas

Senhor, contemplando os mistérios de tua paixão, entendemos o quanto estamos endividados.

Tua angústia no Monte das Oliveiras pagou nossas angústias e medos.

Teu corpo flagelado pagou os flagelos pelos quais nossa carne passa (gula, vícios, sexo desordenado, doenças...)

Tua coroa de espinhos pagou nossos maus pensamentos.

As cusparadas e zombarias pagaram nosso orgulho de sermos vermes evoluídos.

Teu cansaço ao carregar a cruz pagou nossos desânimos, cansaços e frustrações, nossa falta de vontade de enfrentar os problemas.

Teus pés e mãos, pregados na cruz em sinal de obediência ao Pai, pagaram nossa desobediência em fazer nosso próprio caminho e agir conforme nossas próprias vontades.

Tua morte pagou a morte que o pecado nos trouxe.

Teu lado aberto pagou nossos maus desejos, sentimentos, e abriu o caminho para a vida que brota do Teu coração. Banhados por Tua misericórdia somos purificados de nossas misérias (pela água) e podemos subir à perfeição que o Pai deseja para nós (pelo sangue). Jo 19,34

Ressuscitando, fizeste-nos capazes de vencer e mantém Tuas chagas abertas (Jo 20,20), jorrando amor e santidade, para que encontremos a plenitude que conquistastes para nós.

Que dívida imensa temos contigo! Como pagar tanto amor?

Diz-se que amor com amor se paga.

Dai-nos, então, a capacidade de Te amar com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todas as nossas forças. (Dt 6,5)

Tayson Queiroz