"Jovem, eu te ordeno, levanta-te!"

Lc 7,11-17

11. Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão.
12. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava.
13. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela, e lhe disse: ‘Não chores!’
14. Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: ‘Jovem, eu te ordeno, levanta-te!’
15. O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe.
16. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo.’
17. E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira, e por toda a redondeza.

REFLETINDO

Jesus se depara com uma cena diferente. Um jovem defunto, filho único, sendo carregado em um caixão e sua mãe viúva, em lágrimas. Jesus é tocado por esse momento de dor e resolve Ele mesmo agir. Primeiro é dita uma palavra de consolo para a mãe e, logo após, a ordem ao jovem defunto para levantar-se.

E o jovem volta à vida e começa a falar...

O que se passa aqui é, sem dúvida, um milagre grandioso de Jesus, que consola e dá a vida, mas proponho associar à situação atual de nossos jovens. Jesus é o esposo e a Igreja é a esposa/mãe:

“Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do noivo.” (Mt 25,1)

Jesus não está morto, mas RESSUSCITADO. O luto aqui se pode relacionar como a espera vigilante pelo Seu retorno:

“Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão.” (Mt 9,15b)

E o jovem defunto pode ser associado à nossa juventude, em crise, pelas seduções arrasadoras do mundo.

Enquanto a Igreja aguarda ansiosa o retorno de Jesus, ela também chora por ver tantos filhos jovens sendo consumidos pelas paixões mundanas. Drogas, afetividade e sexualidade estragadas e ceticismo religioso são só alguns dos vários pontos que, a cada dia, vão minando a nossa juventude, afastando-a da moral e da religiosidade redentora.

A vida de cada jovem é única para Deus e para a Igreja. É um valor inestimável. E deve ser conduzida à fonte da verdadeira vida, que é Jesus.

“2. Jesus envia a Igreja ao mundo para dar continuidade à sua obra. [...] Junto aos jovens, ela quer ser um meio através do qual eles se percebam como filhos amados de Deus e irmãos de todos, capazes de entender e acolher co alegria a Boa-Nova que transforma a partir de dentro de cada um e ao seu redor.

3. A fé há de ser apresentada aos jovens como um encontro amoroso com Deus [...] Essa adesão necessariamente incorpora a realidade em que o jovem vive como conseqüência de verdadeira encarnação cristã.”

(CNBB, doc. 85 – Evangelização da Juventude)

Jesus vê o sofrimento da mãe Igreja e se compadece. Os jovens não são chamados à morte, mas à vida. Devem ser força sempre atuante no seio da Igreja. Ao se compadecer da Igreja, Jesus está se compadecendo também dos jovens, que são chamados a fazer parte do mesmo corpo, do qual Ele é a cabeça.

Para aqueles que se dedicam à evangelização dos jovens Jesus é direto ao dizer “Não chores!”. Não podemos desanimar, nos deixar abater por conta das dificuldades, pois o consolo está no Cristo, capaz de restituir a vida aos que já estão mortos, seja física ou espiritualmente.

E para toda a juventude, Jesus é firme em Suas palavras:

“JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE!”

Essa mesma ordem Jesus dá hoje a toda a juventude. LEVANTEM-SE! Lutem contra o pecado, contra as imposições do mundo.

“Não vos conformeis com este mundo...” (Rm 12,2a)

Levantem-se e falem. Anunciem a Boa-Nova. Escute a ordem que Cristo nos dá, aceitemos a felicidade que só Ele pode dar e nos deixemos conduzir pela mãe Igreja, bem como por Maria, nossa mãe admirável.

SEJAMOS SINAL DE DEUS NESTE MUNDO E MOTIVO DE ESPANTO PARA TODOS QUANTOS NOS VÊEM. QUE NOSSA VIDA, ADQUIRIDA PELA PALAVRA VIVIFICANTE DE CRISTO, SEJA MOTIVO PARA O MUNDO GLORIFICAR A DEUS, NA PESSOA DE SEU FILHO JESUS.

Tayson Queiroz